DESCRIÇÃO DA FRONTEIRA BRASIL-BOLÍVIA (Parte Norte)

... continuação (do leste para oeste)

  1. - Este trecho da linha divisória inicia-se na confluência dos rios Mamoré e Beni, que se unem para formar o Madeira. Na região da confluência foram colocados, em 1914, seis Marcos de Referência, de ferro, sendo dois em Vila Murtinho (Brasil), e um em Villa Bella (Bolívia) e outro em Gran Cruz (Bolívia) - e ainda nas Ilhas da Confluência (BR) e Bolívar(BO). Deste ponto, a fronteira desce por mais 95 quilômetros pela linha de "meia distância" entre as margens, até a foz do rio Abunã. Nesse trecho do rio são encontradas diversas ilhas e ilhotas, das quais as principais são: do Brasil, além da Ilha da Confluência (que tem marco), as ilhas Marinha, 15 de Novembro, 6 de Agosto, Misericórdia e 7 de Setembro; da Bolívia, além da Ilha Bolívar (que tem marco), as ilhas Sucre, Ribeirão, Amizade e Colombo. Na foz do Abunã foram colocados, no lado brasileiro e boliviano, dois Marcos de Referência.

  2. - Segue a linha divisória, subindo pelo "alveo" do rio Abunã por mais 403 quilômetros, até um ponto junto à cidade brasileira de Plácido de Castro, onde foram construídos dois marcos de referência, na margem esquerda deste rio, para ssinalar, junto à foz do rio Rapirrãn o ponto onde a divisa deixa o Abunã e passa a subir pelo Rapirrãn.

  3. - Pelo rio Rapirrãn segue a linha de fronteira pelo "alveo" deste rio por mais 101 quilômetros, até a sua nascente, passando pelo "Passo S. Francisco", onde foram colocados dois marcos de referência, um na margem brasileira e outro na margem boliviana. Na nascente deste rio foi construído o Marco Principal "Nascente do Rapirrãn".

  4. - Do Marco Principal da Nascente do Rapirrãn corre a linha divisória para sudoeste por uma reta de 12,1 quilômetros, até a Foz do Chipamano. Este setor está caracterizado por sete marcos secundários.

  5. - Na foz do Chipamanu, que neste local se junta ao rio Karamanu (boliviano), para formar o rio Abunã, foram construídos dois Marcos de Referência, um na margem esquerda, brasileiro, e um no meio da confluência, boliviano. Segue agora a linha divisória pelo rio Chipamanu, por mais 187 quilômetros, até a sua nascente, onde foi construído o Marco Principal "Nascente do Chipamanu".

  6. - Do Marco Principal da Nascente do Chipamanu, corre a linha divisória aproximadamente para oeste, por uma reta de 19,2 quilômetros, até a Nascente do Igarapé Bahia, onde foi contruído o Marco Principal "Naschente do Igarapé Bahia". Este setor está caracterizado por doze marcos secundários.

  7. - Da Nascente do Igarapé Bahia, segue a linha divisória por este igarapé, por mais 20 quilômetros, até a sua foz no rio Acre, passando pela confluência dos dois galhos formadores do igarapé, onde foram construídos dois Marcos de Referência: um na margem brasileira (lado direito do "Braço Oriental") e outro na margem boliviana (entre os dois braços).

  8. - Na foz do igarapé Baia, encontramos as cidades brasileiras de Epitaciolândia (na margem direita do rio Acre e do igarapé Bahia) e Brasiléia (na margem esquerda do rio Acre). Aí, encontramos também, na margem direita do rio Acre e esquerda do igarapé Bahia, a cidade boliviana de Cobija, capital do Departamento de Pando. Nesta região foram contruidos três marcos de referência, respectivamente: "Marco Principal de Referência de Epitaciolândia", "de Brasiléia" e "de Cobija".

  9. - Segue a linha divisória subindo pelo "alveo" do rio Acre até o ponto tripartite Brasil-Bolivia-Peru, definido como um ponto no leito do rio Acre, correspondente ao prolongamento do curso do arroio Yaverija, que desagua pela sua margem direita. Este ponto fica um pouco a montante da cidade brasileira de Assis Brasil, onde foi construído um Marco Principal de Referência. Nesta região, encontramos também, na margem direita do rio Acre e do Yavarija, a localidade boliviana de Paraguassu, assim como, a direita do rio Acre e a esquerda do Yavarija, a localidade peruana de Inaporí.




( em continuação na Parte Central )

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